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Desde que os guerrilheiros se retiraram dos territórios que ocupavam nas selvas da Amazônia, a Colômbia perde diariamente milhares de hectares de floresta. Estima-se que só neste ano foram arrasados pelo menos 40 mil hectares ali.
Grupos de fazendeiros, madeireiros ilegais, cocaleiros e mineradores estão aproveitando o vácuo militar e político deixado pela guerrilha para queimar e cortar as árvores que encontram em seu caminho.
“Antes das Farc controlavam o desmatamento, agora que não existem e com a falta de presença do governo, esses territórios estão sem Deus e sem Lei e muitos estão aproveitando para se apropriar ilegalmente de terras”, alertou a organização civil Avaaz.
Avaaz? Que reúne 45 milhões de pessoas que lutam contra as mudanças climáticas, a guerra e a corrupção no mundo? Ele também lamentou que nenhum meio de comunicação esteja cobrindo essa tragédia e nenhum político esteja falando sobre isso. Enquanto isso, após a saída das FARC, a Amazônia se tornou terra de ninguém.
No resto do país, o desmatamento também aumentou 44%, passando de 124 mil hectares de floresta desmatada em 2015 para mais de 178 mil hectares em 2016, segundo o último relatório do Instituto de Hidrologia, Meteorologia e Estudos Ambientais - Ideam-.
Mas a Amazônia ainda é a região com maior área desmatada. A região passou de 57 mil hectares perdidos em 2015 para 70 mil hectares perdidos em 2016. Em seguida, vem a região andina. Lá acumula um quarto do desmatamento do país. Em 2016, foram perdidos mais de 45 mil hectares.
No primeiro trimestre de 2017, o Ideam detectou oito núcleos onde se concentra o desmatamento. A maioria está localizada no noroeste da Amazônia, Norte de Santander, o entroncamento Paramillo e Chocó. Sua localização coincide com as áreas de maior intensidade do conflito armado. Além disso, as regiões onde há um aumento acelerado de plantações ilícitas e mineração legal e ilegal estão se expandindo com maior força.
Os departamentos mais afetados são, pela ordem, Caquetá, Chocó, Meta, Antioquia, Norte de Santander, Guaviare e Putumayo. O Nordeste de Antioquia é a área mais vulnerável da região andina, especialmente na Serranía de San Lucas, localizada entre o nordeste de Antioquia e o sul de Bolívar.
A região que mais aumentou sua participação no desmatamento total da Colômbia foi o Pacífico. Lá, os hectares de florestas perdidas dobraram no último ano, passando de 12.206 hectares cortados em 2015 para 29 mil hectares em 2016.
A principal causa deste desastre nacional, segundo Ideam, é a vontade de se apropriar de terras. Além disso, a expansão de plantações ilícitas, a construção de obras de infraestrutura, incêndios florestais, pecuária extensiva e mineração ilegal.
O jornalista Alfredo Molano, em crônica publicada no El Espectador, afirma que antes de sua desmobilização, os guerrilheiros das FARC regulamentavam a proliferação dos cultivos de coca para manter seu preço e controlavam o corte das florestas. Agora, com a saída dos guerrilheiros, o grito do povo é: "Derrubar a montanha!"
“Descendo o Guaviare, pelo Orteguaza, pelo Caquetá, as motosserras avançam de forma criminosa e descontrolada. Você se deita, se queima, planta coca e continua na selva. Madeira e coca financiam a abertura de fazendas e a fundação de fazendas ... Os assentados querem ter duas ou três fazendas; os fazendeiros, duas ou três fazendas; os vivos, tudo que eles podem derrubar e pegar.
Enquanto isso, "o governo parece impassível".
O colombiano
Sinto muito, mas na minha opinião, você está errado. Precisamos discutir.
Autor, de que cidade você é?
É a frase simplesmente magnífica
Bravo, esse excelente pensamento deve ser com precisão de propósito
O autor se atirou no joelho
The timely response
Você está absolutamente certo. Nele algo também é uma ideia excelente, eu apoio.