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Pesquisadores das Universidades de Córdoba na Argentina e Xiamen na China desenvolvem uma nova bateria de magnésio que usa vanádio e cromo para aumentar seu potencial. Seria uma alternativa ao lítio, dada a escassez desse material. Segundo relatos, os primeiros testes com o produto foram satisfatórios.
As baterias de lítio são utilizadas atualmente em todo o mundo para alimentar dispositivos eletrônicos, mas apesar disso enfrentam desafios em termos de segurança, densidade de energia e disponibilidade, uma vez que a maior parte deste material está concentrado em poucos pontos geográficos a nível mundial, por isso é essencial encontrar alternativas.
Por isso, nos últimos anos, a comunidade científica tem se voltado para a busca de um substituto que permita oferecer as vantagens do lítio. O magnésio acabou por ser um concorrente de destaque, pois pode oferecer o dobro da capacidade de cada átomo inserido, é mais barato e tem menos tendência a formar dendritos (depósitos que afetam a vida das baterias e podem causar problemas como calção).
“O estudo faz parte de uma primeira investigação em que foi possível configurar uma bateria híbrida de sódio e magnésio”, explica um dos autores do trabalho, Gregorio Ortiz, professor do Departamento de Química Inorgânica e Engenharia Química e integrante do grupo FQM-288 do UCO.
E acrescentou: “Essa hibridização costuma gerar mais problemas em sua aplicabilidade e tem pior desempenho em longo prazo”.
“Por isso, posteriormente, após um tratamento químico para eliminação do sódio, foi possível desenvolver a bateria de magnésio puro, na qual o potencial é aumentado e, portanto, a densidade de energia”, afirmou o professor.
Como resultado das investigações, a nova bateria atingiu um potencial médio de dois volts e uma densidade de energia de 140 watts por hora. Na prática, segundo Ortiz, isso significaria que “poderíamos ter alcançado quase a metade da autonomia de uma bateria de lítio em um carro elétrico, mas sem as desvantagens desse material”.
Claro, a nova fórmula só foi testada em nível de laboratório, então teríamos que esperar para ver como ela se comporta em escala real.
O estudo, cujo primeiro autor é o pesquisador Saúl Rubio, dá assim mais um passo na corrida pela inserção de baterias alternativas no mercado, mas tudo indica que a era pós-lítio ainda vai demorar alguns anos para chegar. Para que isso aconteça, alguns obstáculos ainda precisam ser superados, como a busca por catodos e novos eletrólitos, material que carrega a carga de íons entre os pólos positivo e negativo do reservatório.
Segundo Ortiz, a era pós-lítio ainda vai demorar alguns anos para chegar.
Fontes: diariocordoba.com ecoticias.com uco.es europapress.es